quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

WWE Monday Night Raw 16/1/2012




Altura para mais um Monday Night Raw que continha dois campeonatos e um desenvolvimento importantíssimo na storyline do WWE Championship. Convidados especiais como o lendário Mick Foley e não tão especiais como Pérez Hilton, Zack Ryder a defender o título lesionado contra Jack Swagger, os novos Tag Team Champions a defender os seus cintos e o conflito Punk vs Laurinaitis já a deitar as suas últimas gotas mais grossas. Muito que se esperaria deste Raw…


Promo Mick Foley, Vickie Guerrero, Dolph Ziggler, CM Punk, John Laurinaitis


Esta semana, para variarmos, e acho eu muito bem, o Raw não começa nem se concentra no angle de John Cena e Kane. Em vez disso, é mesmo a lenda do Hardcore Mick Foley que abre o Raw para agradável surpresa de todos. Foley revela o seu desejo em dar uns últimos passos a competir no ringue e para isso menciona a sua vontade em participar no Royal Rumble. De imediato é interrompido pelo pretendente ao WWE Championship Dolph Ziggler e a sua manager Vickie Guerrero que de imediato rebaixam Foley denominando-o de velho e gasto. É o rival de Ziggler que interrompe a seguir, o WWE Champion CM Punk, em defesa de Foley. Assim que as águas se agitam mais, Laurinaitis é que interrompe para dizer a Mick Foley que não lhe dá um lugar para integrar na Royal Rumble.

Epico & Primo derrotam Air Boom, pelos World Tag Team Championships e retêm os títulos

Uma surpresa que se deu neste fim-de-semana: Num house show, a Tag Team de Epico e Primo vencem a equipa de Kofi Kingston e Evan Bourne, retirando-lhes os títulos. Uma situação rara, em que um título muda de mãos num evento não televisivo. No entanto, hoje teríamos o rematch, com devida explicação do sucedido. Como já disse, costumo gostar dos encontros destas duas equipas, e desta vez mesmo tendo sido mais curto, ainda deu para aquecer. Os atletas com uns moves bem atractivos visualmente – em especial, Bourne – ao fim, com distracção exterior, Bourne não pode aplicar o seu Airbourne e em vez disso sentiu um Backstabber de Primo que garantiu a vitória aos recentes Campeões. A equipa e ainda mais Rosa Mendes não podiam estar mais contentes após o combate.

E eis que vemos Chris Jericho no escritório de Laurinaitis! Depois de termos sido avisados de um main event contendo os dois campeões principais – CM Punk e Daniel Bryan – contra os seus respectivos pretendentes – Dolph Ziggler e Mark Henry – Laurinaitis informa o silencioso Jericho que ele faria parte da equipa de Punk e Bryan enquanto Otunga integraria a equipa adversária, ficando num 6-Man Tag. Jericho de seguida apaga as luzes e acende o seu casaco reluzente. Só lhe faltava a “Troll Face”.

A seguir teríamos mais um controverso campeonato em que um lesionado Zack Ryder seria forçado a defender o seu US Championship contra Jack Swagger. No backstage, Josh Matthews entrevista Ryder e Eve. Ryder, determinado, vai combater.

Jack Swagger derrota Zack Ryder, pelo United States Championship e ganha o título


Swagger, como é habitual, acompanhado por Vickie Guerrero. Zack Ryder vinha acompanhado por Eve. E num campeonato utilizado mais para vender storyline do que o cinto propriamente dito, Swagger venceu após domínio total. Jack Swagger facilmente se tornara o novo US Champion.


Após o combate e após intervalo, Zack e Eve lamentam – enquanto Ryder é examinado por um médico – a perda e Laurinaitis pede desculpa pelo seu erro. Quem não se contém é Eve que ainda se sujeitou a ouvir uma chamada de atenção menos respeitosa de Laurinaitis.

Kelly Kelly e Alicia Fox derrotam The Bella Twins (Perez Hilton como “Special Guest Announcer”)

E vem um dos convidados menos desejados logo a seguir a Snookie. Perez Hilton, um tipo que ganha a vida a fazer nada, basicamente para anunciar as Divas que iriam combater a seguir. Irónico que ainda ontem escrevi um artigo sobre essa divisão e ainda não tinha visto isto, porque um excerto como estes só mostra que a divisão anda mesmo a chafurdar no meio de despejos tóxicos. O combate foi curtíssimo como sempre e das mil maneiras que podia acabar, acaba com ajuda de Perez Hilton que impede as gémeas de utilizar a “Twin Magic”. Com a distracção, Kelly Kelly consegue a vitória com um roll-up. Não era suficiente, Perez tinha que fazer mais figura de urso, logo dá-se um horrível segmento em que as Bellas o tentam atacar e Kelly e Fox o defendem. Antes as Bellas lhe dessem um enxerto de porrada e assim se deu um dos piores segmentos do Raw nas últimas semanas…

Depois de tal participação convidada atroz, esperávamos mais acção pela gente “da casa”, mas antes ainda recordamos a Royal Rumble de 1992, da qual saiu Ric Flair como vencedor.

De seguida, temos R-Truth pronto para uma promo, logo sabíamos que algum material cómico iria sair daqui. Mas nem pôde dizer muito até ser interrompido por Wade Barrett que volta a auto-promover-se como vencedor da Royal Rumble. E pronto, desbloqueia-se assim um hilariante momento de insanidade por R-Truth a contar a sua aventura na Disneyland e com um pequeno gozo à classificação PG – o nariz do Pinóquio a crescer é PG? Quando estava para acabar numa nota mais séria, é The Miz quem interrompe, atacando Truth por trás e permitindo a Barrett também participar na acção. Chega Sheamus para salvar e Teddy Long marca um aperitivo para o Royal Rumble: os 4 homens enfrentar-se-iam naquele momento num Over-the-top-rope Challenge.

R-Truth derrota Sheamus, The Miz e Wade Barrett num Over-the-top-rope Challenge

Ao princípio, cada um atacou o seu rival. Num instante as regras do “cada um por si” do Royal Rumble entraram em prática. O primeiro a ir foi Wade Barrett, eliminado por todos os outros três competidores. Algum tempo e tentativas depois, enquanto Sheamus e Miz batalham a ver quem atira a quem, R-Truth num instante, vira ambos os lutadores por cima da corda vencendo o desafio. Estará aqui um potencial vencedor para o Royal Rumble, daqui a duas semanas? Após conclusão, Miz ainda não se safou de um Brogue Kick de Sheamus no exterior do ringue.

Demoramos muito tempo a ver John Cena, mas lá irrompeu ele, furioso, pelo escritório de Laurinaitis dentro. O Interim GM admite o seu erro e dá oportunidade de Cena descarregar alguma raiva em Jack Swagger que voltaria então a competir. Antes disso ainda maiores notícias: John Cena vs Kane, no Royal Rumble!

John Cena enfrenta Jack Swagger num no-contest.


E que agradável surpresa foi ver Cena com uma atitude diferente, cheia de agressividade. Nada de sorrisinhos ou falinhas mansas, directo ao assunto: brutalizar Jack Swagger. Nada de SuperCena ou “Moves of Doom”, uma pura e dura carga de lenha ao novo US Champion. Cena não parava de agredir Swagger no exterior do ringue, chegando mesmo a intimidar o árbitro. Quando parecia que Cena queria pôr fim à carreira de Swagger, encartando-lhe a cabeça entre os degraus, são as chamas de Kane que impedem o acto. Kane, no ecrã, diz que Cena está no caminho certo para “abraçar o ódio” e que a sua transição já estaria completa quando se enfrentassem no Royal Rumble. Uma coisa é certa, se Cena mantiver uma atitude assim, torna-se muito mais suportável.

Brodus Clay derrota JTG

CHEGOU A HORA DE FUNKASAURUS! Já haviam cartazes espalhados pela arena referentes a Brodus Clay e assim que entrou começa o riso. No combate então, entre as danças, “abanicos”, falas e outros actos de perturbavam JTG, Brodus Clay facilmente alcançou a vitória. Um monstro semelhante ao que andava no Superstars, mas a fazer rir… Muito…  Até fazia falta uma personagem assim.

Ao longo da noite fomos relembrados do incidente com AJ e Big Show no Smackdown. A seguir teríamos informação sobre o estado de saúde da jovem Diva por parte de Daniel Bryan. Este prefere, em vez disso, insultar Big Show e culpá-lo pelo que fez como tendo sido propositado. Tudo para obter heat. Conseguiu-o, mas no combate a seguir ainda ia competir do lado dos “bons”.

CM Punk, Chris Jericho (Mick Foley) e Daniel Bryan derrotam Dolph Ziggler, Mark Henry e David Otunga. John Laurinaitis inverte o resultado.


Chris Jericho entra logo a seguir a Bryan e continua com o seu ritual: Não parou de celebrar e de cumprimentar os fãs. Tanto que foi para intervalo, a equipa adversária entrou e Chris Jericho ainda ali andava às voltas. Para o fim ficou CM Punk, que se prevê que possa vir a ser o principal rival de Jericho. Combate começa com Punk e Ziggler, logo não podia ter começado melhor. Alguma normal acção equilibrada e Chris Jericho parecia estar guardado para o fim. Enquanto esperava lá fora, Y2J parecia muito apoiante dos seus parceiros. O tag é então feito e Jericho entra. O telhado quase salta. Jericho eufórico volta a brincar com a audiência e toma um novo passo no seu acto de “trolling”, quando parece que não pode dar mais: após toda a celebração, faz o tag em Daniel Bryan e vai-se embora sem ter participado no combate. O que quer que ele esteja a fazer no momento, estou-lhe a achar bastante piada.


O combate ficara 3 contra 2. E não ficava por aí, assim que Daniel Bryan e Mark Henry se desentendem enquanto não eram os homens legais, os dois ausentam-se da arena enquanto brigam. Ficava Punk sozinho contra dois. Até soar a música de Foley e a lenda do Hardcore afirmar ter permissão de Laurinaitis para participar no combate. Foley era parceiro de Punk e assim que o WWE Champion consegue o tag, Foley desata a soltar moves nostálgicos, acabando com o célebre Mr. Socko em David Otunga que lhe dá a vitória. Mas a diversão acabava em breve.


Laurinaitis surge a meio da celebração para estragar a festa. Diz que nunca deu permissão a Mick Foley para participar no combate. E inverte o resultado. E deu-se ali mais um momento épico de CM Punk ao microfone com um desempenho impecável que mostra o porquê de Punk estar no topo, para além da sua habilidade no ringue. Pormenor interessante é que Laurinaitis também estava prestes a perder a postura. Assim que Punk sai, Foley acaba o processo de tirar John Laurinaitis do sério: O GM admite estar farto de ser desrespeitado e confessa que pretende lixar Punk no Royal Rumble, como sendo árbitro. Para além de toda a confissão furiosa, ainda ataca Mick Foley com o microfone e retira-se. O MR. EXCITEMENT DESPENTEOU-SE!



Um Raw com momentos muito ricos e com pelo menos um para esquecer, infelizmente. Mas veremos quantas mais voltas estas rivalidades vão dar, à medida que o Royal Rumble se aproxima cada vez mais…

Notas:

- Com o Raw sendo realizado no dia de Martin Luther King, inicia com um pequeno tributo à figura histórica Americana que é MLK.

- Dolph Ziggler ao microfone tem vindo a melhorar a passos enormes. Este tipo tem de ficar pelas áreas do main event e ser mantido na companhia…

- É possível que a mudança dos títulos Tag Team num house show e um curto rematch seja devido à segunda falha de Evan Bourne nos testes da “Wellness Policy”. Ao ser tão próximo da primeira, Bourne desta vez foi suspenso por 60 dias.

- É de salientar que Zack Ryder sofreu o pin apenas ao terceiro finisher de Jack Swagger. Isto não estava planeado e Ryder pretendia que o seu golpe funcionasse como um protesto pelo reinado tão curto. Como consequência, Ryder tem encarado alguns problemas no backstage que consideraram a sua atitude pouco profissional.

- Durante o combate entre Zack Ryder e Jack Swagger, ouve-se alguém do público a gritar "I love you, Eve!". Garanto que por acaso não fui eu, que eu não estava lá...

- Se quiserem maior ofensa para uma T-Shirt do “Raw is War” do que queimá-la e cobri-la de estrume, simplesmente coloquem-na em Perez Hilton…

- Os segmentos a recordar edições clássicas da Royal Rumble tem vindo a dar muito tempo de antena a estrelas actualmente na TNA: No de 2002, vencido por Triple H, ainda temos um destaque para Kurt Angle. Neste, Ric Flair é o vencedor. E com ajuda de… Hulk Hogan.

- Tecnicamente, quase se podia dizer que CM Punk estava a fazer parceria com dois Heels ou pelo menos “soon to be”.

- Engraçado como John Laurinaitis consegue o seu momento “badass” com uma promo cheia de raiva, mas mesmo assim não consegue evitar enganar-se regularmente e enrolar-se nas palavras…

Vídeos

YouTube, Parte 7 (Link não disponível)

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