Altura para mais um Monday Night Raw que continha dois campeonatos e um desenvolvimento importantíssimo na storyline do WWE Championship. Convidados especiais como o lendário Mick Foley e não tão especiais como Pérez Hilton, Zack Ryder a defender o título lesionado contra Jack Swagger, os novos Tag Team Champions a defender os seus cintos e o conflito Punk vs Laurinaitis já a deitar as suas últimas gotas mais grossas. Muito que se esperaria deste Raw…
Promo Mick Foley, Vickie Guerrero, Dolph Ziggler, CM Punk,
John Laurinaitis
Esta semana, para variarmos, e acho eu muito bem, o Raw não
começa nem se concentra no angle de John Cena e Kane. Em vez disso, é mesmo a
lenda do Hardcore Mick Foley que abre o Raw para agradável surpresa de todos.
Foley revela o seu desejo em dar uns últimos passos a competir no ringue e para
isso menciona a sua vontade em participar no Royal Rumble. De imediato é
interrompido pelo pretendente ao WWE Championship Dolph Ziggler e a sua manager
Vickie Guerrero que de imediato rebaixam Foley denominando-o de velho e gasto.
É o rival de Ziggler que interrompe a seguir, o WWE Champion CM Punk, em defesa
de Foley. Assim que as águas se agitam mais, Laurinaitis é que interrompe para
dizer a Mick Foley que não lhe dá um lugar para integrar na Royal Rumble.
Epico & Primo derrotam Air Boom, pelos World Tag Team
Championships e retêm os títulos
Uma surpresa que se deu neste fim-de-semana: Num house show,
a Tag Team de Epico e Primo vencem a equipa de Kofi Kingston e Evan Bourne,
retirando-lhes os títulos. Uma situação rara, em que um título muda de mãos num
evento não televisivo. No entanto, hoje teríamos o rematch, com devida
explicação do sucedido. Como já disse, costumo gostar dos encontros destas duas
equipas, e desta vez mesmo tendo sido mais curto, ainda deu para aquecer. Os
atletas com uns moves bem atractivos visualmente – em especial, Bourne – ao
fim, com distracção exterior, Bourne não pode aplicar o seu Airbourne e em vez
disso sentiu um Backstabber de Primo que garantiu a vitória aos recentes
Campeões. A equipa e ainda mais Rosa Mendes não podiam estar mais contentes
após o combate.
E eis que vemos Chris Jericho no escritório de Laurinaitis!
Depois de termos sido avisados de um main event contendo os dois campeões principais
– CM Punk e Daniel Bryan – contra os seus respectivos pretendentes – Dolph
Ziggler e Mark Henry – Laurinaitis informa o silencioso Jericho que ele faria
parte da equipa de Punk e Bryan enquanto Otunga integraria a equipa adversária,
ficando num 6-Man Tag. Jericho de seguida apaga as luzes e acende o seu casaco
reluzente. Só lhe faltava a “Troll Face”.
A seguir teríamos mais um controverso campeonato em que um
lesionado Zack Ryder seria forçado a defender o seu US Championship contra Jack
Swagger. No backstage, Josh Matthews entrevista Ryder e Eve. Ryder,
determinado, vai combater.
Jack Swagger derrota Zack Ryder, pelo United States
Championship e ganha o título
Swagger, como é habitual, acompanhado por Vickie Guerrero.
Zack Ryder vinha acompanhado por Eve. E num campeonato utilizado mais para
vender storyline do que o cinto propriamente dito, Swagger venceu após domínio
total. Jack Swagger facilmente se tornara o novo US Champion.
Após o combate e após intervalo, Zack e Eve lamentam –
enquanto Ryder é examinado por um médico – a perda e Laurinaitis pede desculpa
pelo seu erro. Quem não se contém é Eve que ainda se sujeitou a ouvir uma
chamada de atenção menos respeitosa de Laurinaitis.
Kelly Kelly
e Alicia Fox derrotam The Bella Twins (Perez Hilton como “Special Guest
Announcer”)
E vem um dos convidados menos desejados logo a seguir a
Snookie. Perez Hilton, um tipo que ganha a vida a fazer nada, basicamente para
anunciar as Divas que iriam combater a seguir. Irónico que ainda ontem escrevi
um artigo sobre essa divisão e ainda não tinha visto isto, porque um excerto
como estes só mostra que a divisão anda mesmo a chafurdar no meio de despejos
tóxicos. O combate foi curtíssimo como sempre e das mil maneiras que podia
acabar, acaba com ajuda de Perez Hilton que impede as gémeas de utilizar a “Twin
Magic”. Com a distracção, Kelly Kelly consegue a vitória com um roll-up. Não
era suficiente, Perez tinha que fazer mais figura de urso, logo dá-se um horrível
segmento em que as Bellas o tentam atacar e Kelly e Fox o defendem. Antes as
Bellas lhe dessem um enxerto de porrada e assim se deu um dos piores segmentos
do Raw nas últimas semanas…
Depois de tal participação convidada atroz, esperávamos mais
acção pela gente “da casa”, mas antes ainda recordamos a Royal Rumble de 1992,
da qual saiu Ric Flair como vencedor.
De seguida, temos R-Truth pronto para uma promo, logo
sabíamos que algum material cómico iria sair daqui. Mas nem pôde dizer muito
até ser interrompido por Wade Barrett que volta a auto-promover-se como
vencedor da Royal Rumble. E pronto, desbloqueia-se assim um hilariante momento
de insanidade por R-Truth a contar a sua aventura na Disneyland e com um
pequeno gozo à classificação PG – o nariz do Pinóquio a crescer é PG? Quando
estava para acabar numa nota mais séria, é The Miz quem interrompe, atacando
Truth por trás e permitindo a Barrett também participar na acção. Chega Sheamus
para salvar e Teddy Long marca um aperitivo para o Royal Rumble: os 4 homens enfrentar-se-iam
naquele momento num Over-the-top-rope Challenge.
R-Truth
derrota Sheamus, The Miz e Wade Barrett num Over-the-top-rope Challenge
Ao princípio, cada um atacou o seu rival. Num instante as
regras do “cada um por si” do Royal Rumble entraram em prática. O primeiro a ir
foi Wade Barrett, eliminado por todos os outros três competidores. Algum tempo
e tentativas depois, enquanto Sheamus e Miz batalham a ver quem atira a quem,
R-Truth num instante, vira ambos os lutadores por cima da corda vencendo o
desafio. Estará aqui um potencial vencedor para o Royal Rumble, daqui a duas
semanas? Após conclusão, Miz ainda não se safou de um Brogue Kick de Sheamus no
exterior do ringue.
Demoramos muito tempo a ver John Cena, mas lá irrompeu ele,
furioso, pelo escritório de Laurinaitis dentro. O Interim GM admite o seu erro
e dá oportunidade de Cena descarregar alguma raiva em Jack Swagger que voltaria
então a competir. Antes disso ainda maiores notícias: John Cena vs Kane, no
Royal Rumble!
John Cena enfrenta Jack Swagger num no-contest.
E que agradável surpresa foi ver Cena com uma atitude
diferente, cheia de agressividade. Nada de sorrisinhos ou falinhas mansas,
directo ao assunto: brutalizar Jack Swagger. Nada de SuperCena ou “Moves of
Doom”, uma pura e dura carga de lenha ao novo US Champion. Cena não parava de
agredir Swagger no exterior do ringue, chegando mesmo a intimidar o árbitro.
Quando parecia que Cena queria pôr fim à carreira de Swagger, encartando-lhe a
cabeça entre os degraus, são as chamas de Kane que impedem o acto. Kane, no
ecrã, diz que Cena está no caminho certo para “abraçar o ódio” e que a sua
transição já estaria completa quando se enfrentassem no Royal Rumble. Uma coisa
é certa, se Cena mantiver uma atitude assim, torna-se muito mais suportável.
Brodus Clay derrota JTG
CHEGOU A HORA DE FUNKASAURUS! Já haviam cartazes espalhados
pela arena referentes a Brodus Clay e assim que entrou começa o riso. No
combate então, entre as danças, “abanicos”, falas e outros actos de perturbavam
JTG, Brodus Clay facilmente alcançou a vitória. Um monstro semelhante ao que
andava no Superstars, mas a fazer rir… Muito…
Até fazia falta uma personagem assim.
Ao longo da noite fomos relembrados do incidente com AJ e
Big Show no Smackdown. A seguir teríamos informação sobre o estado de saúde da
jovem Diva por parte de Daniel Bryan. Este prefere, em vez disso, insultar Big
Show e culpá-lo pelo que fez como tendo sido propositado. Tudo para obter heat.
Conseguiu-o, mas no combate a seguir ainda ia competir do lado dos “bons”.
CM Punk,
Chris Jericho (Mick Foley) e Daniel Bryan derrotam Dolph Ziggler, Mark Henry e
David Otunga. John Laurinaitis inverte o resultado.
Chris Jericho entra logo a seguir a Bryan e continua com o
seu ritual: Não parou de celebrar e de cumprimentar os fãs. Tanto que foi para
intervalo, a equipa adversária entrou e Chris Jericho ainda ali andava às
voltas. Para o fim ficou CM Punk, que se prevê que possa vir a ser o principal
rival de Jericho. Combate começa com Punk e Ziggler, logo não podia ter
começado melhor. Alguma normal acção equilibrada e Chris Jericho parecia estar
guardado para o fim. Enquanto esperava lá fora, Y2J parecia muito apoiante dos
seus parceiros. O tag é então feito e Jericho entra. O telhado quase salta.
Jericho eufórico volta a brincar com a audiência e toma um novo passo no seu
acto de “trolling”, quando parece que não pode dar mais: após toda a
celebração, faz o tag em Daniel Bryan e vai-se embora sem ter participado no
combate. O que quer que ele esteja a fazer no momento, estou-lhe a achar
bastante piada.
O combate ficara 3 contra 2. E não ficava por aí, assim que
Daniel Bryan e Mark Henry se desentendem enquanto não eram os homens legais, os
dois ausentam-se da arena enquanto brigam. Ficava Punk sozinho contra dois. Até
soar a música de Foley e a lenda do Hardcore afirmar ter permissão de
Laurinaitis para participar no combate. Foley era parceiro de Punk e assim que
o WWE Champion consegue o tag, Foley desata a soltar moves nostálgicos,
acabando com o célebre Mr. Socko em David Otunga que lhe dá a vitória. Mas a
diversão acabava em breve.
Laurinaitis surge a meio da celebração para estragar a
festa. Diz que nunca deu permissão a Mick Foley para participar no combate. E
inverte o resultado. E deu-se ali mais um momento épico de CM Punk ao microfone
com um desempenho impecável que mostra o porquê de Punk estar no topo, para
além da sua habilidade no ringue. Pormenor interessante é que Laurinaitis
também estava prestes a perder a postura. Assim que Punk sai, Foley acaba o
processo de tirar John Laurinaitis do sério: O GM admite estar farto de ser
desrespeitado e confessa que pretende lixar Punk no Royal Rumble, como sendo
árbitro. Para além de toda a confissão furiosa, ainda ataca Mick Foley com o
microfone e retira-se. O MR. EXCITEMENT DESPENTEOU-SE!
Um Raw com momentos muito ricos e com pelo menos um para
esquecer, infelizmente. Mas veremos quantas mais voltas estas rivalidades vão
dar, à medida que o Royal Rumble se aproxima cada vez mais…
Notas:
- Com o Raw sendo realizado no dia de Martin Luther King,
inicia com um pequeno tributo à figura histórica Americana que é MLK.
- Dolph Ziggler ao microfone tem vindo a melhorar a passos
enormes. Este tipo tem de ficar pelas áreas do main event e ser mantido na
companhia…
- É possível que a mudança dos títulos Tag Team num house
show e um curto rematch seja devido à segunda falha de Evan Bourne nos testes
da “Wellness Policy”. Ao ser tão próximo da primeira, Bourne desta vez foi
suspenso por 60 dias.
- É de salientar que Zack Ryder sofreu o pin apenas
ao terceiro finisher de Jack Swagger. Isto não estava planeado e Ryder
pretendia que o seu golpe funcionasse como um protesto pelo reinado tão curto.
Como consequência, Ryder tem encarado alguns problemas no backstage que
consideraram a sua atitude pouco profissional.
- Durante o combate entre Zack Ryder e Jack Swagger, ouve-se alguém do público a gritar "I love you, Eve!". Garanto que por acaso não fui eu, que eu não estava lá...
- Se quiserem maior ofensa para uma T-Shirt do “Raw is War”
do que queimá-la e cobri-la de estrume, simplesmente coloquem-na em Perez
Hilton…
- Os segmentos a recordar edições clássicas da Royal Rumble
tem vindo a dar muito tempo de antena a estrelas actualmente na TNA: No de
2002, vencido por Triple H, ainda temos um destaque para Kurt Angle. Neste, Ric
Flair é o vencedor. E com ajuda de… Hulk Hogan.
- Tecnicamente, quase se podia dizer que CM Punk estava a
fazer parceria com dois Heels ou pelo menos “soon to be”.
- Engraçado como John Laurinaitis consegue o seu momento “badass”
com uma promo cheia de raiva, mas mesmo assim não consegue evitar enganar-se
regularmente e enrolar-se nas palavras…
Vídeos
YouTube, Parte 7 (Link não disponível)
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