terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Rescaldo TNA Genesis 2012



Depois de um resumo, é tempo de uma apreciação e avaliação subjectiva propriamente dita do Genesis. A escala é a mesma que utilizo no meu outro blog (de 0,0 a 9,9). Grande responsabilidade que este PPV carrega nos ombros, ao ser o primeiro do ano…


Austin Aries vs Kid Kash vs Jesse Sorensen vs Zema Ion, 4-Way Elimination, X Division Championship

Combate da noite logo a abrir? Parece-me bem. A X Division como já nos tem vindo a habituar, vem sempre a ter os melhores ou dos melhores combates da noite. Se for one-on-one já o é, quando temos então quatro a competir, mais acelerada e enérgica é a acção. Apesar de achar que em mais nenhum momento da noite fossem igualar a qualidade deste combate, ainda houve outros confrontos que conseguiram andar lá perto. Mesmo assim, não foi esquecível e ainda se manteve no topo.

Avaliação: 8,4


Devon vs The Pope

Combate porreirinho, com direito a reconciliação familiar ao fim. A storyline em si foi muito confusa, há muito tempo que estes dois andavam envolvidos, passando por rivais, parceiros até que eventualmente as coisas ficaram sérias. Confronto suficientemente razoável para aquecer. Podia ter aberto o PPV, mas a equipa criativa quis começar logo de forma extrema.

Avaliação: 6,8

Gunner vs Rob Van Dam

Já o encontro que tinham tido anteriormente no Impact não foi mau. A marcação deste rematch foi maioritariamente para filler e possivelmente para mandar RVD para casa – de novo, questiona-se, irá RVD regressar agora à WWE? O combate não foi nada muito além para se destacar, mas manteve-se bom. Ponto extra para o desentendimento entre Ric Flair e Earl Hebner que me fez rir bastante.

Avaliação: 6,9


Gail Kim vs Mickie James, Knockouts Championship

Não foi o melhor dos encontros entre estas duas belíssimas atletas. Possivelmente, o main event que tiveram num Impact de há duas semanas ocupe essa posição – foi main event e isso já é de se aplaudir. Este, mesmo não tendo sido nada mau, não foi tão enérgico e teve algumas falhas esporádicas. Pecou mais ainda pelo spot duvidoso perto do fim e pelo final desagradável.

Avaliação: 5,8



Abyss vs Bully Ray, Monster’s Ball

De novo, eleva-se a qualidade para o topo numa rixa Hardcore à moda antiga da ECW, em vez da moda recente da CZW ou coisa que o valha. Não foi muito bom, por ter tido sangue e por ter sido violento, foi pela capacidade de ambos os wrestlers venderem o combate como um descarregar mútuo de ódio, por impressionar a audiência com spots mais extremos, em vez de encher o combate com tortura de princípio ao fim. Apesar de ter demorado a arrancar e ter um início lento, facilmente apanhou o seu ritmo frenético. Ponto extra para Bully Ray que ainda conseguia dar um tom de comédia à coisa.

Avaliação: 8,3

Crimson e Matt Morgan vs Samoa Joe e Magnus, World Tag Team Championship

Um erro enorme colocar este combate a seguir ao Monster’s Ball. Já não se esperava grande coisa, depois de um momento como o anterior, ainda mais baixa fica a fasquia. Valeu Samoa Joe que ainda é um dos atletas de topo da companhia, mas não podia carregar o combate sozinho. Magnus também tem talento mas a sua falta de uso até então faz dele um lutador pouco familiar e algo verde. Morgan e Crimson são simplesmente os tais Campeões indestrutíveis que ninguém consegue derrotar, e que muitos também não têm paciência para os ver. De longe, o combate mais fraco da noite.

Avaliação: 4,0



Kurt Angle vs James Storm

Excelente combate que tiveram no Final Resolution. Neste Genesis seguiram a mesma essência. O combate desenrolou-se calmamente, mas fê-lo muito bem. Nada a apontar contra a não ser o Moonsault de Angle que parece ter saído um pouco deslocado. Facilmente perdoável. Em geral, não chegou a alcançar a qualidade do combate do mês anterior e acabou com um final duvidoso que deu origem a uma reacção céptica. Talvez a feud se prolongue um pouco mais.

Avaliação: 7,7


Bobby Roode vs Jeff Hardy, World Heavyweight Championship

Pela maneira como se desenvolvia, já tinha todas as ferramentas para se juntar ao combate da X Division e ao Monster’s Ball como combates da noite. Mesmo com um final que não foi dos melhores, ainda se concretizou como sendo um bom evento principal para encabeçar todo o evento. Dois lutadores com todo o potencial para serem atletas de topo na companhia, e com uma rivalidade convincente. Mesmo com os habituais momentos de covardia de Bobby Roode, não foi totalmente retratado como um cagarolas e mostrou bastante dureza no combate. Claro que ao final, não quiseram dar a ideia de que Roode conseguia vencer Hardy de forma limpa, logo depois de um excelente combate temos que nos contentar com um final por desqualificação. O que pode isto causar é um rematch de alto calibre, especial e talvez até a subida de Jeff Hardy de volta ao estatuto de World Champion. Fora o final, combate memorável e exaltante.

Avaliação: 8,4

No geral, um PPV com altos e baixos, como tem vindo a ser qualquer PPV de ambas as companhias – cada vez mais difícil manter algo fenomenal de princípio ao fim. Não se saiu nada mal, no entanto, como primeiro PPV do ano e esperemos que introduza um ano positivo para a TNA e que não volte a ganhar o prémio da Wrestling Observer Newsletter para Worst Promotion of the Year após 4 ou 5 anos consecutivos.

Avaliação geral: 7,4



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