quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

WWE Monday Night Raw 30/1/2012



Primeiro Raw após o Royal Rumble e o primeiro passo em direcção à Wrestlemania.  O hype para o grande PPV já começa a sentir-se com força, assim como as rivalidades novas que se formam e as antigas que se prolongam. Para este episódio ficaria a participação de Triple H para decidir se despediria John Laurinaitis ou não. Para além disso também teríamos um combate pelo título das Divas e o melhor combate Champion vs Champion que poderíamos pedir. E se o Royal Rumble foi noite de regressos… O maior deles todos parece ter sido neste Raw…


Promo John Laurinaitis, CM Punk, Daniel Bryan, Sheamus


Laurinaitis começa o Raw e realmente não parece muito preocupado com o seu possível despedimento, claro que não. Só vinha com uma simpatia e graxa como nunca foi visto, chegando a cumprimentar os fãs das filas da frente e os comentadores. Para prosseguir com a sua tentativa de manter o emprego, marcou uma data de grandes combates como compensação: para além dos já anunciados concorrentes da Elimination Chamber, Beth Phoenix defenderia o seu título contra Eve, Dolph Ziggler enfrentaria o retornado Randy Orton e um belíssimo Champion vs Champion entre CM Punk e Daniel Bryan. Quem não se convence por toda a cantoria de Laurinaitis é o seu eterno rival, CM Punk que chega a cantar um clássico entre as audiências de wrestling, “Na Na Hey Hey Kiss Him Goodbye”. Depois de mais uns insultos ao Johnny Ace como tem vindo a ser costume todas as semanas, Daniel Bryan é quem chega a gabar-se da sua vitória e a afirmar-se como um modelo exemplar. Os dois velhos amigos Punk e Bryan chegam a ter um pequeno desentendimento mas rapidamente retorna ao respeito. Para dar a última palavra é o vencedor da Royal Rumble deste ano, Sheamus que avisa ambos os Campeões que poderá escolher qualquer um dos títulos. Para Laurinaitis, apenas deixa um hilariante provérbio Irlandês e retira-se. O segmento fecha com o aperto de mão entre os campeões.

Randy Orton derrota Dolph Ziggler

Wade Barrett assistia acompanhado por Josh Matthews que o entrevistava ao longo do combate, ao fundo da bancada, por cima de todo o público, com uma boa vista para o seu rival Randy Orton. O combate foi bom e ainda se manteve com competição de alto nível. Dum lado temos Randy Orton que se mostra cada vez menos inovador e impressionante e do outro está Dolph Ziggler, actualmente dos melhores na companhia. Randy fica a parecer bem quando colocado com um bom worker e melhor que o que lhe deram não arranjavam facilmente. Logo, o combate foi bom e de novo os sellings de Ziggler são dos principais pontos a sublinhar. Chega ao fim com um belo RKO que põe fim ao encontro e deixa Wade Barrett a fitar muito céptico, pensando qual seria o seu futuro já esta Sexta-Feira no Smackdown quando enfrentar o “The Viper”…

E a graxa continua no backstage com John Laurinaitis cumprimentando todos os empregados, desde staff a William Regal e Curt Hawkins.

Brodus Clay derrota Tyler Reks

FUNKASAURUS TIME! A razão para vermos Brodus Clay, para além de nos divertirmos um pouco à custa da boa disposição contagiante da personagem, é também ver quem vai ser o desgraçado que vai sair esmagado. Desta vez era o pobre Tyler Reks. Pormenor interessante: a ofensiva dos adversários tem vindo a aumentar e Reks quase que conseguia levar Clay ao chão. No entanto, outro traço de Brodus: é sempre tempo para dançar, mas… Não o enervem! What the Funk e fica mais um combate feito para novas danças de celebração.

O grande combate entre os dois Campeões seria a seguir mas antes ainda se encontram no balneário para uma pequena conversa sobre os estilos de vida distintos dos lutadores: Daniel Bryan que é vegano e CM Punk que é “Straight Edge”. Um pequeno esclarecimento acerca dos dois conceitos e umas palavras finais acerca de quem seria o “melhor do mundo” antes do épico combate que viria a seguir.

Daniel Bryan derrota CM Punk, por desqualificação


Melhor não podíamos para já pedir: 2 alumnis da Ring of Honor a mostrar-nos o que aprenderam para aqueles lados. E por falar em RoH… Um “Code of Honor” ao início do combate que alguns talvez não tenham percebido. E o combate que se seguiu foi simplesmente fantástico. Nem há mais como o descrever, wrestling do mais alto nível e até com calibre de PPV. Grande variedade de moves de ambos e com grande destaque às submissões menos ortodoxas de Daniel Bryan. Combate de deixar o espectador na beira da cadeira e os lutadores a pingar suor. Para acabar em grande, surge Chris Jericho, vindo absolutamente do nada e ataca Bryan. A razão aparentemente era apenas para que Punk não vencesse pois o ataque foi direccionado ao WWE Champion e foi ele quem sofreu o Codebreaker. Jericho ausenta-se sem dizer uma palavra, mas a nós já nos cheira que o sonho molhado de grande parte da IWC está a concretizar-se: feud entre Punk e Jericho!


Momento para sabermos mais um induzido no Hall of Fame e este nem se tratava de um wrestler. O lugar é dado ao boxeador Mike Tyson. Mesmo que tenha tido uma passagem antigamente na companhia num angle, não acho que seja uma boa introdução nem acho muita piada a esta “ala de celebridades” que o Hall of Fame tem. Não vale a pena sair-nos outro Drew Carey… Mas como seja, Mike Tyson junta-se a Edge, The Four Horsemen e Mil Máscaras na turma de 2012 do Hall of Fame.

Kofi Kingston derrota The Miz

Já percebemos que depois daquele spot fantástico no Royal Rumble que Kofi Kingston não podia ser despejado para o “lower mid card” de novo e andar a vaguear. O seu spot na Elimination Chamber já está garantido e agora enfrentaria outro homem que ficou bastante notável na Rumble ao aguentar mais tempo no combate – 45 minutos – The Miz. Antes de entrarem os Superstars que iriam competir, vem R-Truth logo já sabíamos que iria haver algo hilariante, sabendo que Truth iria estar nos comentários. E foi realmente a sua discussão com Michael Cole acerca do “Lil’ Jimmy” que se destacou mas nem por isso o combate entre os dois deixou de ser bom, aliás foi um bom aperitivo para a Elimination Chamber. O combate finaliza com um perfeito Trouble in Paradise – dos melhores em muito tempo.

Mais preocupação disfarçada e passada por calma, de John Laurinaitis, agora no escritório com David Otunga e logo a seguir revemos o clip de promoção à Wrestlemania referente a The Rock que já tínhamos visto no Royal Rumble.

Beth Phoenix derrota Eve, pelo Divas Championship e retém o título

Eve vinha ainda assustada pelo que tem assistido ultimamente nas mãos de Kane. Quando o combate começou, ela até descarregou ali alguma raiva em Beth. Mas como era um combate de Divas que estávamos a ver, o combate acaba logo a seguir quando Beth derruba Eve e aplica-lhe o Glam Slam. Arranjemos uma desculpa e culpemos uma “desconcentração” de Eve e Beth Phoenix sai a parecer forte. Mal por mal, que se encare este combate assim.

No entanto, Eve não se via livre dos seus problemas, aliás, acabavam de piorar. Kane, no ecrã, avisa que continuará a infligir dor em pessoas próximas de Cena até ele “abraçar o ódio” e avisou-lhe que agora seria a vez dela. O “monstro” dirige-se ao ringue e aterroriza Eve que não o viu a vir pelas costas. Quem impede que algo trágico aconteça é John Cena que vem pronto para brigar com Kane. Desta vez, é Cena quem sai dominante, atacando Kane com os degraus, um microfone e chegando a preparar um Attitude Adjustement através da mesa de comentários. Kane, ao escapar-se, é obrigado a fugir por entre o público.


Segmento Triple H e John Laurinaitis


Para acabar teríamos o tal confronto esperado entre Laurinaitis e Triple H em que ficaríamos a saber se HHH iria ou não despedir Laurinaitis. É o Interim GM que começa o segmento ao justificar-se, dizendo que fez um excelente trabalho a comandar o Monday Night Raw e que dava nota 5 a si próprio em vários critérios. É rapidamente interrompido pelo tema de Triple H que deixa toda a audiência de pé. Após várias semanas voltávamos a ver Triple H, de novo equipado com a sua fatiota de negócios. O seguinte momento consiste em Triple H a dizer a Laurinaitis o porquê de o seu trabalho não estar a ser tão bom e prossegue a humilhar Laurinaitis em duas situações distintas, após este afirmar que faria qualquer coisa para manter o seu emprego: primeiro Triple H obriga-o a pedir desculpas a todos os fãs e logo a seguir temos a menção honrosa ao famosíssimo “Kiss My Ass Club” de Vince McMahon que obriga Laurinaitis a um dos seus mais embaraçosos momentos em TV: de joelhos, de olhos fechados, pronto para beijar um par de nalgas. Teve que ser Triple H a mandá-lo levantar-se e agora só faltavam as palavras mágicas para mandar Johnny Ace embora…


Já estava a meio da frase quando é interrompido por um sino familiar. E mais outro. E outro. Luzes apagadas. Labaredas. E uma das músicas mais míticas da história do wrestling toca. O esperado acontece: UNDERTAKER REGRESSA! O “Dead Man” dirige-se ao ringue após a sua ausência desde a última Wrestlemania com o seu caminhar inigualável. Assim que entra no ringue, de forma semelhante ao ano passado, Taker olha para o sinal da Wrestlemania, de modo a que já soubéssemos o que queria dizer. Apenas desta vez, HHH não olha para o mesmo sítio e apenas fica petrificado a olhar para Taker. Enquanto muitos se recompunham do regresso inesperado que se deu, Triple H simplesmente ausenta-se após uma simples palmada no ombro de Undertaker. Raw a acabar em grande!



Parece que a Road to Wrestlemania está a andar bem e tivemos um bom Raw para o comprovar. Undertaker está de volta e já tem sob olho com quem completar o seu 20-0. Muito mais tem que acontecer e ainda nos falta a Elimination Chamber!

Notas:

 - Participantes da Elimination Chamber do Raw: CM Punk, Dolph Ziggler, Chris Jericho, The Miz, R-Truth e Kofi Kingston.

- Elimination PPV!!

- Com isto, fica uma Tag Team já esmagada por Brodus Clay: Tyler Reks & Curt Hawkins – Hawkins foi a estrear.

- Ambos debatem sobre quem é ou deixa de ser modelo a seguir: Daniel Bryan não come qualquer tipo de carne por defesa aos animais e CM Punk não bebe, nem fuma nem consome qualquer outro tipo de drogas. Sou o único a achar que são melhores exemplos do que um tipo de que ouve vozes na cabeça a dizê-lo para ter comportamentos psicóticos, por exemplo?

- O ex-lutador da WWE Lance Storm foi um dos que comentou após o Raw sobre o Code of Honor – quantos teriam mesmo percebido o acto?

- Mike Tyson vai integrar o Hall of Fame. Para Randy Savage, nada…

- Se querem uma boa prova da "imparcialidade" de Jerry Lawler e Michael Cole quanto a Faces e Heels, simplesmente analisem como ambos reagiam perante R-Truth e o que achavam dele e como mudou numa questão de meses.

- John Cena misturou um pouco as facetas de “Cena zangado” e “Cena do costume”. Não é suficiente…

- Ainda não vimos tudo de John Laurinaitis, ele nunca chegou a ser despedido...

- Podiam ter arranjado uma peruca melhor ao Undertaker, que a que ele trazia era de material fraco…

- Após uma passagem com o tema “Ain’t No Grave (Gonna Hold This Body Down)” de Johnny Cash, Undertaker regressa com a mítica “Graveyard Symphony”.

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