segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

WWE Elimination Chamber 2012


Chega a altura para o Elimination Chamber que colocaria ambos os principais Campeões em desvantagem. Um dos combates mais perigosos das carreiras dos doze homens que a integrariam e a última paragem na estrada em direcção à Wrestlemania.







CM Punk derrota Chris Jericho, The Miz, Dolph Ziggler, R-Truth e Kofi Kingston na Elimination Chamber pelo WWE Championship e retém o título



O combate começava com CM Punk e Kofi Kingston com os quatro restantes presos à espera da sua vez para entrar. Já sabíamos que Chris Jericho ficara para o final. O combate começa com ambos os lutadores a dar-lhe gás logo ao início e não demorariam muito até ambos sentirem aço. Logo de imediato se junta Dolph Ziggler, o terceiro participante a entrar que, não tardaria muito e também já andava aos pinchos e a comer aço. Momento alto com um DDT de Kofi Kingston vindo das correntes que cercam a Chamber para o aço que deixa Ziggler a jazer imóvel no chão – grandes sellings não precisam de ser todos com saltos e piruetas. Enquanto Ziggler ficava ali imóvel, R-Truth entrava. Pena para o Superstar doido que não duraria muito tempo e foi logo o primeiro a ser eliminado.



The Miz que eu pensei que entrasse ao início e fosse logo o primeiro a ir para o balneário por castigo ao incidente de há umas semanas atrás, afinal ainda saiu beneficiado e ficou para os últimos, entrando cheio de agressividade. Chega a vez de Chris Jericho que após uma intensa batalha com o seu rival CM Punk, trata de eliminar Dolph Ziggler que tentou surpreende-lo – como vender um Codebreaker de forma espectacular, Parte 1. Ziggler era o segundo a ir embora.



No entanto, Kofi Kingston subia cada vez mais na minha consideração e facilmente se tornou um dos homens do combate. A sua dureza em aguentar tanto contacto com o aço – não sei se todos os lutadores da Chamber combinados sofreram tanto no aço como apenas ele – aumentou assim que um move arriscado o deixa a sangrar. Os homens das câmaras fizeram o seu trabalho em tentar disfarçar o golpe, logo não dava a entender a gravidade da ferida e se por acaso teríamos aqui alguma hemorragia à antiga. Muito bem não estava. Mas ainda aguentou até ser eliminado por um Walls of Jericho que o obrigou a desistir. No entanto as coisas não se ficavam por aí, Jericho quis deixar bem claro que era ele que mandava e continuou a atacá-lo concluindo com um arremesso do seu corpo pela porta. Tivessem todos feito o que Kofi fez nesta Chamber e não haviam Superstars para o Raw no dia seguinte.





E logo mal Chris expulsa Kofi é surpreendido com uma valente patada de CM Punk que o faz cair fora da Chamber e por cima de um cameraman. Jericho jaz no chão supostamente inconsciente e os oficiais decidem a eliminação de Jericho por KO. Duas coisas que tínhamos a esperar: que Jericho “acordasse” e tentasse roubar uma vitória assim que acabasse ou que no futuro Jericho reclame o seu título afirmando que nunca foi eliminado. Sobravam CM Punk e The Miz e era nesses dois que estaria o WWE Champion da Wrestlemania. The Miz, para quem esperava que fosse castigado, esteve muito perto da vitória, chegando a conectar um Skull Crushing Finale que não foi suficiente para deter Punk. Assim que Punk consegue uma aberta – quando Miz vai de cabeça à estrutura de “plástico inquebrável” – é assim mesmo Miz, ser rijo, não te desvies das coisas – o GTS escreve o final e dita CM Punk como vencedor e retentor do seu título. Jericho não fez nada. Punk é um dos felizardos main eventers da Wrestlemania.





Muitos segmentos cómicos se esperariam, focados em Santino Marella. À moda de Rocky Balboa, Santino é visto no backstage a preparar-se para a Elimination Chamber. Neste primeiro, Marella bebe um copo com ovos crus, para asco do lutador. Pormenor curioso: a banda sonora dos seus segmentos era constituída pelo tema “Child’s Play” tema de entrada do ex-Superstar Eugene.

Clip com John Cena em treino com vários rookies da FCW – Derrick Bateman e Percy Watson avistados entre eles. Mais um pouco de tempo queimado com as habituais promoções ao seu combate com The Rock na Wrestlemania.

Beth Phoenix derrota Tamina Snuka, pelo Divas Championship e retém o título



Altura para combate de Divas e com estas duas, esperava finalmente um combate de Divas como deve ser. Beth ainda não encarava Tamina como competição a sério, logo ordenou-a a sair do seu ringue. Tamina não tomou isso a bem e as duas finalmente começaram o combate. Superior aos combates de Divas que vemos no Raw e no Smackdown devido ao superior talento e à maior liberdade de tempo para combater, assim sim se deve desenvolver um combate de Divas como deve ser. Ainda para mais com near-falls emocionantes como a que houve. Parecia mesmo e estávamos convencidos de que Tamina se iria tornar a nova Campeã após a execução do Superfly, mas Beth Phoenix ainda encontrou forças para sair. Após nova tentativa de Tamina, Beth consegue a aberta que precisa para aplicar o Glam Slam e manter o seu título. Que esta divisão feminina arrebite ainda mais.





Mais um momento para Santino Marella backstage. Desta vez, de novo ao som do tema de Eugene, Santino treina socos… Em mortadela. Assim que se chateia, a ameaçadora mortadela sofre um mortífero Cobra…

No backstage, Josh Matthews procura informação acerca de Chris Jericho que ainda não está disponível. Ao fundo vê-se o lutador a ser examinado pelos médicos.

Promo John Laurinaitis, Alberto Del Rio, Mark Henry, Christian



Já dá para perceber pelos nomes presentes no título que algo de muito grande aconteceu. Regressos inesperados rechearam este segmento que começou por mostrar o nervosismo e constante engasgamento de John Laurinaitis que se via à rasca para cuspir as suas deixas. A primeira música a tocar é a de Alberto Del Rio para surpreender todos. O “Mexican Aristocrat” regressa em mais um carro luxuoso para falar sobre o tal caso que Laurinaitis tinha exposto: Laurinaitis manter o posto de GM permanente do Raw… E também do Smackdown. Mais um que se juntava à festa, este não regressava de uma ausência muito grande. Mark Henry a puxar-me algumas risadas quando caracteriza Teddy Long como um “bully” que abusava dele e tinha contacto físico contra ele. Mais um que apoia John Laurinaitis na sua tomada completa de poder. Nova música que toca e esta imediatamente me tira o traseiro da cadeira: CHRISTIAN! O “Captain Charisma” regressava para se queixar do poder abusivo de Teddy Long e tal como os seus colegas, oferece apoio a Laurinaitis. Acaba um segmento marcado por bons regressos com uma fotografia de grupo, como o “Mr. Excitement” bem gosta.







Último segmento de Santino Marella, esta da parte aeróbica com o lutador a correr e a subir escadas, com direito a celebração em câmara lenta.


Antes de partirmos para mais uma Chamber, Josh Matthews entrevista Big Show acerca do combate.

Daniel Bryan derrota The Great Khali, Cody Rhodes, Santino Marella, Wade Barrett e Big Show, na Elimination Chamber pelo World Heavyweight Championship e retém o título



Começam Wade Barrett e Big Show e o ritmo a que combatem mostra-se como sendo mais lento e menos agressivo que o da Chamber anterior. Chegou mesmo ao cúmulo de cânticos desnecessários de “boring”, quando não se devia esperar que arrancassem logo como Punk e Kofi o fizeram. Os cânticos tornaram-se ainda mais estranhos quando entra Cody Rhodes, o terceiro participante, que parecia a estrela dali, com muitos cantos a seu favor. Foi Rhodes que agitou um pouco mais o combate, no entanto a verdadeira estrela de todo o combate e que se viria a tornar dos lutadores de destaque era nada mais nada menos que Santino Marella, que entra mas não encontra muita felicidade naquele ringue assim que tem que se defrontar com Big Show.



Dá-se a primeira eliminação, assim que entra The Great Khali. E quem é o eliminado? Khali. Entrou, distribuiu uns quantos golpes aos lutadores e sofre um Spear de Big Show logo a seguir. Obrigado pela comparência, Khali, já fizeste muito. Um momento interessante que iria acordar a plateia viria a seguir quando Big Show não quer esperar para que Daniel Bryan entre: o gigante rebenta as correntes sobrepostas na cabine de Bryan e entra lá, atacando o seu rival após tanto o desejar. Daniel Bryan acaba por entrar oficialmente mas apenas para sofrer mais de Show. O gigante só não o eliminou porque Wade Barrett e Cody Rhodes trabalhando em conjunto conseguiram atacá-lo e até eliminá-lo. Surpresa para todos, Big Show foi logo o segundo a sair. E se não haviam surpresas suficientes, do meio de toda a gente, SANTINO MARELLA elimina Cody Rhodes com um roll-up, aproveitando a distracção de Cody que se despedia de Show em tom de troça.





As surpresas não se ficavam por aí e a seguir não só tínhamos Santino a levar bumps como não costuma levar, como temos um confronto extremo entre Wade Barrett e Daniel Bryan que inclui um arrepiante golpe de Barrett a Bryan: a porta da cabine a ser-lhe fechada na cabeça/pescoço – Jericho fizera semelhante a Punk mas fechando-a contra o torso. Ambas as situações podem tirar uma boa quantia de ar de um indivíduo. No entanto, a batalha continuava e até Santino mostrava-se mais duro que o habitual personagem cómico que conhecemos. Mais ribalta para Marella, assim que Daniel Bryan dá uma de Benoit – estilos de luta semelhantes – com um Diving Headbutt, Santino aproveita e ele mesmo elimina Wade Barrett. O momento do combate que mais me deixaria sentado na beira da cadeira viria a seguir e se tivessem apostado em Santino para vencer, em tom de gozo, quase que fazia ricochete.




Bryan, sorridente, faz troça de Santino e vê que a partir dali já tinha o improvável combate ganho, no entanto não contava que a dureza de Santino fosse tão longe quando o Superstar Italiano deu luta e quase venceu. Alta tensão e saltos da cadeira quando o Cobra é aplicado em Bryan e naquele momento pensamos nas palavras “Santino Marella, World Heavyweight Champion” a ecoar-nos no cérebro a andar à roda. Bryan consegue safar-se e rapidamente prende o LeBell Lock ao qual Santino resiste com muita força, por muito tempo e quase conseguia romper. No entanto, isso só fez com que Bryan o aplicasse com mais intensidade obrigando a Santino esquecer o sonho e desistir. Daniel Bryan volta a surpreender todos, saindo por cima e mantendo o título. E eu não poderia estar mais contente.






No entanto, a celebração de Daniel Bryan não dura muito pois toca a música de Sheamus a seguir, a indicar-nos algo que percebíamos de imediato. Após um curto frente-a-frente entre ambos, Sheamus aplica o Celtic Cross em Daniel Bryan, tornando a sua escolha clara. Parece já estar marcado: Sheamus vs Daniel Bryan na Wrestlemania!





No backstage, Hornswoggle entretém-se com aperitivos de queijo até encontrar dificuldades em morder um queijo grande. Isso dá origem à frase “Cut the cheese” que normalmente simboliza gases, logo a frase só podia ter sido direccionada para a pobre Natalya que sofre um pouco mais de humilhação com mais um segmento flatulento muito falso. Entretanto, Justin Gabriel junta-se ao seu amigo Hornswoggle que tem um mal-entendido com Jack Swagger e Vickie Guerrero. A discussão entre os lutadores faz com que Teddy Long marque um combate entre os dois para essa mesma noite. Swagger no entanto rebaixa Teddy e diz que concorda com Laurinaitis, que devia ser GM permanente de ambos os shows. Teddy Long alinha no “duelo” e diz que ele achava que ele mesmo deveria ser o GM de ambos os shows e acrescenta que o combate de Swagger seria a seguir e seria pelo título.

Jack Swagger derrota Justin Gabriel, pelo United Stated Championship e retém o título

Combate adicionado ao card na hora, apenas com o intuito de preencher tempo. Logo, o combate não foi nada de especial, mesmo que ainda se tratasse de um campeonato. Aparentemente, o título não tem valor suficiente para ser merecedor de bons combates – afinal de contas, há 3 semanas que Swagger tem vindo a competir no Superstars – logo deu-se um combate normalíssimo que podia ter acontecido no Smackdown, no Raw ou até mesmo no Superstars. Swagger vence e mantém-se Campeão com o Ankle Lock.





John Cena derrota Kane, num Ambulance Match



O combate ficou guardado para o fim, antecipando algo de muito importante a acontecer com John Cena e a sua personagem. No entanto, mais valia não ter elevado tanto a fasquia e não havia grande razão para este combate ter ficado para o fim a não ser simplesmente pelo facto de envolver John Cena. O combate em si não foi mau, até pelo contrário, conseguiu manter-se sempre relativamente bom, mesmo que pudessem ter havido mais spots extremos para o tipo de combate que era. Maiores pontos a assinalar podem ser os momentos com a cadeira de rodas, elemento recorrente nesta rivalidade e a agressividade de Cena que é sempre superior à “Same Old S_” que ele também teve que a usar a determinado ponto. Spots agressivos com Cena a atacar Kane com os degraus – um deles vendido de forma belíssima – que misturados com a atitude apatetada de Cena, dava origem a momentos mais extremos mas com Cena a sorrir para as câmaras e a perguntar a Booker T se estava no seu “Fave Five”. Assim que Cena prepara um Attitude Adjustment através da mesa de comentários, Kane inverte e Cena é que prova a mesa, atravessando-a com um Chokeslam.







Já se aproximava o fim do PPV e Kane pegava na maca que estava no interior da ambulância e nela levava Cena, pronto para o meter na ambulância. Cena já lá estava dentro, mas para o combate ser concluído era necessário, fechar as portas e é aí que Cena acorda e impede tal. Cena impede a sua derrota e sai da ambulância atacando Kane. O combate atinge o clímax assim que Cena sobe ao topo da ambulância e troca socos com Kane lá encima. O perigo já estava iminente e Kane preparava um Chokeslam de lá de cima, mas em vez disso é Cena que ao escapar-se, coloca-o na posição de Attitude Adjustment. Acontece: Cena atira Kane para baixo, de cima da ambulância com um bonito AA. Suficiente para Cena descer, arrastar Kane para ambulância, fechar as portas e vencer o combate. No final apenas celebra e virado para as câmaras, diz a The Rock que o espera. Logo, infelizmente, nada de mudanças para o lado de Cena e era o mesmo Superman que ali estava.





Acabou-se o PPV e ficou-se com uma boa sensação. Não houve nenhuma mudança de título e sinceramente nenhum dos títulos em jogo precisava já de mudar e estão bem onde estão. O próximo que vem é maior deles todos… Wrestlemania XXVIII já aí ao virar da esquina!

Notas:

- Que não deixem o Kofi Kingston apodrecer no low-card depois do desempenho dele nesta Chamber…

- Então já se prevê algo: Chris Jericho vai afirmar que nunca foi eliminado e que devia ser WWE Champion. Aí já se abre caminho para a Wrestlemania…

- Colisão a meio do ar entre Punk e Kofi: lindíssimo.

- Será que está para vir o ano em que o R-Truth realmente sinta como é estar dentro da Chamber por algum tempo e eliminar alguém?

- Mais alguém esperava que a Kharma pudesse aparecer no final do combate de Beth Phoenix e Tamina Snuka?

- Mais uma boa maneira de me fazer soltar o “mark” de dentro de mim é realmente tocando as músicas de Alberto Del Rio e de Christian – especialmente de Christian.

- E mais alguém espera algum combate na Wrestlemania a decidir os cargos do Raw e do Smackdown entre representativos de John Laurinaitis e de Teddy Long? Se sim, Laurinaitis já tem ali uma equipa para ele…

- Cole, não te rias quando Laurinaitis se engana… Estraga todo o “ass kissing”…

- Todos tiveram um excelente desempenho na Chamber do Smackdown. Incluindo Khali. Não fez praticamente nada. E era exactamente isso que ele devia fazer…

- Como se deve saber, botches podem acontecer a qualquer um, até mesmo aos melhores. Neste caso, Daniel Bryan ao fazer o seu salto mortal invertido no canto, em corrida, escorregou ao chegar ao topo e teve que improvisar uma cotovelada.

- A plateia continuava com os cantos de “boring”, mesmo quando algo de entusiasmante tinha acontecido. Assim que o spot acabava “o que é que estávamos a fazer mesmo? Ah!”

- Para quem acha que a grandeza de Santino Marella neste combate está errada, pensem: Santino sempre foi disto, quase conseguir grandes feitos como quase ganhar a Royal Rumble e ser encarado como um “underdog” que o público fica involuntariamente do lado dele; Por muito que se goste de Santino, não se quer tal como World Champion, daí que quando parece que vá ganhar, estamos na beira da cadeira quase a saltar, ou seja todos os factores que fazem dum combate algo empolgante e fonte de nervosismo estava ali; Santino não é o amador que parece e é na verdade um grande lutador, fica bem dar-lhe assim alguns momentos de vez em quando; Ninguém previa que ele ficasse até ao fim e previsibilidade nunca é a melhor carta para jogar; Com isto, se quiserem virar-se a Daniel Bryan podem dizer que no combate que ele venceu, o único Superstar que ele eliminou foi Santino, enquanto os outros trataram sempre uns dos outros. Ainda acham que o momento de Santino foi mau e atenção a mais?


- Sheamus vs Daniel Bryan já houve na Wrestlemania o ano passado... Em forma de dark match. Fico contente por saber que perceberam que pode ser MUITO mais que um dark match...

- A vitória de Cena sem acontecer algo mais foi a única coisa do PPV que deixou um sabor amargo…

Vídeos

Devido a remoções de vídeos por razões de Copyright, de momento os vídeos estão indisponíveis. No caso de re-upload, colocarei aqui os links. Podem sempre fazer o download pacientemente se ainda quiserem assistir.

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