Altura para mais um Monday Night Raw, à medida que nos
aproximamos do Royal Rumble, o derradeiro ponto de partida da estrada para a
Wrestlemania. Com este Raw poderíamos contar com um main event que colocaria CM
Punk frente a frente com Jack Swagger, parceiro do candidato principal ao
título, Dolph Ziggler. Marcado para esta noite estaria também mais esclarecimentos
sobre Chris Jericho, a estreia definitiva de Brodus Clay (Seria desta?) e mais
um combate Champion vs Champion.
Promo Kane
Jerry Lawler disse que não gostava nada da forma como
começava o Raw devido à figura assustadora de Kane que se dirigia ao ringue. Eu
cá acho que foi uma excelente forma de começar o Raw, e a sua storyline com
John Cena está-se a tornar bastante interessante e ainda se tornaria mais
durante este episódio. A sua promo já valia pelo formidável talento ao
microfone com a sua voz tenebrosa inigualável. Som muito agradável não foi a
música de John Cena que interrompe e dirige-se em direcção ao Big Red Monster.
Os dois começaram a trocar golpes e a luta deslocou-se pelo backstage até
chegar o exterior. Lá, Kane desaparece após um Upper Cut ter desorientado Cena
por tempo suficiente.
Sheamus e Santino Marella derrotam Wade Barrett e Jinder
Mahal
Combate muito simples que, como tem vindo a ser costume,
ainda pôde puxar algumas risadas com a postura de Santino. O novo assistente do
GM do Smackdown foi dominado durante maior parte do combate, até conseguir o
tag com Sheamus que “limpa a casa” e domina Jinder Mahal, atingindo-o no final
com o Brogue Kick. O Great White aí preferiu fazer o tag com Santino para este
obter a vitória, através do seu “Cobra” com direito a luva. Combate muito
modesto e pouco memorável e Wade Barrett pouco fez.
Um curto segmento no escritório do GM, onde o sempre
cauteloso The Miz pede ajuda, ainda com medo de mais ataques de R-Truth.
Primeiro induzido no Hall of Fame 2012
Como é costume, assim que começa o ano e nos aproximamos da
Wrestlemania, começam a ser revelados os nomes que irão compor a turma do
respectivo ano no Hall of Fame da WWE. No ano passado, fomos dum extremo ao
outro: o inigualável Shawn Michaels com o seu merecidíssimo lugar e por outro
lado o apresentador Drew Carey, que nos faz perguntar “Que raio faz ele ali?”.
Para este ano, avisaram-nos de um grande nome e para nossa agradável surpresa,
o posto é oferecido ao recentemente retirado, o único: Rated R Superstar, Edge.
Merecidíssimo, um dos mais jovens mas também já dos melhores de sempre.
Antes de seguirmos com acção temos dois curtos segmentos no
backstage: o primeiro tem Miz a tentar convencer Mason Ryan a protegê-lo de
R-Truth, o segundo tem Zack Ryder a convidar Eve para sair – também eu o fazia.
No entanto, Ryder está todo o tempo com medo de algum ataque de Kane, que se
dirigiu a ele na sua promo inicial. Após Zack se ausentar, o Big Red Monster
surge por trás de uma porta brevemente.
Daniel Bryan derrota Kofi Kingston
Por mais uma vez temos Daniel Bryan num encontro “Champion
vs Champion” ao encontrar-se com uma metade dos Tag Team Champions, Kofi
Kingston. O World Heavyweight Champion ainda parece andar a cambalear numa
corda entre Face e Heel. Por um lado, as suas atitudes são à vontade, as de um
Heel. Por outro, começou o combate com uma prova de respeito a Kofi e os fãs
ainda o adoram – mas isso nunca deixarão. O combate em si, foi relativamente
rápido e Kofi teve apenas um pouco de ofensiva inicial. Daniel Bryan
rapidamente apanha Kofi no ar para prender o seu LeBell Lock para o tap out de
Kingston. Se é para fazer Daniel Bryan parecer forte, sou todo a favor de
vitórias rápidas, apenas talvez Kofi Kingston não seja o adversário mais
indicado, pois este também é portador de um título ao qual deve dar valor.
O mais interessante viria a seguir, quando Big Show se
dirige ao ringue para comunicar um rematch neste Smackdown pelo World
Heavyweight Championship, sem desqualificações ou contagens. O World Champion
mostra-se receoso mas esconde com alguma confiança. Reinado de D-Bryan perto do
fim ou irá engendrar algo?
A tão antecipada estreia de Brodus Clay, viria a seguir, mas
antes recordamos uma Royal Rumble de 1994, única por ter dois vencedores: Bret
Hart e Lex Luger.
Brodus Clay derrota Curt Hawkins
Chegou o momento, após semanas a ser adiado. Mas havia algo
a estranhar… O monstro Brodus Clay foi inicialmente introduzido como
proveniente de “Planet Funk”… E chamado de … “Funkasaurus” Brodus Clay? Começa
a música, duas bailarinas e um Brodus Clay a dançar num enorme fato de treino
laranja. Sim, o mesmo Brodus Clay que há meses era um monstro a destruir
jobbers locais no WWE Superstars, estava agora a dançar durante o combate e a
sair de um grapple de Hawkins, através de danças. A estrutura do combate foi
semelhante à dos anteriores no Superstars, acrescentando apenas muita mais
dança, falas com o adversário e até pedidos de desculpa. O que é que eu penso
desta estreia?...
EXCELENTE! Muito me ri e certamente não esperava por esta.
Uma personagem bem à moda antiga – não tentem sequer culpar a era PG, porque
programação PG não traz danças funk – imprevisível e dos momentos mais
divertidos na WWE em muito tempo. Até me esqueci que o pobre coitado do Curt
Hawkins foi esmagado no combate. Espero agora para ver mais Brodus Clay, e não
esperava tal coisa. SOMEBODY CALL MY MOMMA!
Curto momento com Zack Ryder no backstage, ainda a sentir-se
perseguido por Kane e exaltadíssimo pelo seu encontro com Eve – até eu estaria…
E outro curto momento com Miz à procura de mais guarda-costas, agora propondo à
Tag Team de Primo & Epico acompanhados por Rosa Mendes. The Miz ainda se
cruza com Punk que já vai a caminho do ringue.
CM Punk derrota Jack Swagger
Mais uma vez, o main event fica para meio da noite, para que
o episódio acabe com as peripécias de Kane, o que até é perceptível. Mas
facilmente se tornaria o combate da noite. Antes do combate, John Laurinaitis
dirige-se ao ringue para adicionar uma estipulação ao combate: se Punk saísse
vencedor deste combate, Jack Swagger e Vickie Guerrero estariam banidos do
ringue no combate do Royal Rumble, no qual Laurinaitis será o árbitro.
Aproveita também para marcar um combate a fechar a noite, entre Dolph Ziggler –
que acompanhava Swagger – e John Cena.
Começa então o combate que se desenrola como sendo
maioritariamente técnico, área que Swagger domina na perfeição e que Punk,
sendo o pacote completo em ringue, também não fica atrás. Após acção maioritariamente
dominada por Swagger e um momento curioso em que Laurinaitis impede Dolph
Ziggler de atacar CM Punk, temos um final de combate confuso… Swagger levanta o
braço, antes da contagem até 3, no entanto o árbitro faz a contagem completa e
acaba o combate. O lance foi repetido: erro de um deles? O árbitro contou até
ao fim quando não devia? Swagger levantou o braço quando devia ter ficado? Não
se sabe ao certo, mas o resultado foi na mesma o planeado e Punk vence, banindo
Vickie Guerrero e Jack Swagger do seu campeonato no Royal Rumble.
Zack Ryder é de novo avistado no backstage, desta vez
juntamente com John Cena que se mostra muito calmo ao contrário do US Champion.
Corta para as Bellas – que não param de discutir – e somos surpreendidos pela
presença de Ricardo Rodríguez, quando sabemos que Alberto Del Rio está de fora
com uma lesão por alguns meses. The Miz apanha o ring announcer pessoal de Del
Rio e obriga-o a ir ao ringue e chamar R-Truth através de provocações. Não
adiantou a Ricardo tentar negar.
Segundo induzido no Hall of Fame
Tempo de anunciar mais um nome para induzir no Hall of Fame,
neste ano para se juntar ao Campeão Mundial por 11 vezes, Edge. Desta vez, um
colectivo: The Four Horsemen. Ric Flair – que se encontra na TNA – Arn Anderson,
Tully Blanchard, Barry Windham e J.J. Dillon. Mais um grande nome, uma das
maiores equipas de todos os tempos. Curioso será na gala: Irá Ric Flair lá
estar?
R-Truth e Ricardo Rodriguez promo
Lá vai o pobre ring announcer Mexicano ao ringue para atiçar
R-Truth e trazê-lo ao ringue. O ex-parceiro de Miz lá vem, com a sua habitual
postura doida. De novo, com uma promo de alguém que já está completamente tolo
varrido, mas desta vez do lado dos Lil’ Jimmies e não contra. HE’S A GOOOOOD
R-TRUTH! Depois de fazer Ricardo entusiasmar-se e cantar “La Cucaracha”, o ring
announcer não resiste e “ataca” R-Truth, tirando-lhe o microfone da mão.
Rapidamente se arrependeu mas não foi o suficiente para o salvar de comer um
Facebuster. Miz consegue finalmente apanhar Truth e atacá-lo por trás, mas
Truth consegue recuperar e correr atrás de Miz. O “Awesome One” foge por entre
o público, após quase sair por cima pela primeira vez em várias semanas.
“Promo” Chris Jericho
Anunciava-se ao longo da noite que Chris Jericho voltaria ao
ringue. Tinha muito a esclarecer. Iria ele finalmente falar? Veríamos. Entrada
semelhante. Ritual de celebração semelhante. Microfone na mão pronto para
falar. Seria desta? Não. Jericho toma um novo passo no seu “trolling” e
simplesmente desata a chorar. Volta a sair sem dizer uma palavra, apenas saiu a
chorar. Definitivo: os segmentos de Chris Jericho ultimamente são apenas gozo
pegado. E a gente cá espera para ver onde isto vai dar.
Nova recordação da Royal Rumble, esta de 1998, vencida pelo
Rattlesnake, o Hall of Famer “Stone Cold” Steve Austin.
A seguir teríamos um combate entre Eve e Beth Phoenix, em
que se Eve saísse vencedora, ganharia uma oportunidade pelo Divas Championship.
Eve foi para o ringue, pronta para competir, mas assim que vai para se anunciar
a sua adversária, não toca a música da “Glamazon”, mas sim a de Kane sob a
habitual luz vermelha Infernal. Eve, aterrorizada, não sabe o que fazer nem
para onde fugir, até aparecer Zack Ryder que foge de lá com ela – eu também
faria o mesmo… - e Kane não chega a aparecer. No exterior, Zack fecha Eve no
seu carro para a proteger, enquanto é forçado a mudar um pneu do carro.
John Cena enfrenta Dolph Ziggler num no contest.
Mais um passo na elevação de Dolph Ziggler no seu estatuto.
Um combate com John Cena que serviu para Ziggler utilizar a sua gimmick de “show
off” para uma formidável atitude em ringue. Dos poucos que se podem dar ao luxo
de ter dominado Cena enquanto se exibia em ringue – abdominais e fazer o pino
num headlock são exemplos – e se ainda não vêem este gajo como um dos melhores
que aqui estão, algo de muito errado se passa. O combate foi interrompido de
novo pela imagem de um Zack Ryder desesperado a tentar mudar o pneu. O
inevitável aconteceu, e para pânico de Eve, Kane apanhou Zack Ryder. Chokeslam
para um estrado. Cena desiste do combate para o salvar, primeiro arremessando
Ziggler contra os degraus. A contagem chegou ao fim com ambos os lutadores no
exterior, não havendo um vencedor.
Quando Cena chega ao exterior é “bem recebido” por Kane, que
consegue dominá-lo e voltar a sufocá-lo como fizera há semanas atrás. A última
imagem que temos no Raw é a de Cena e Ryder inconscientes com um tenebroso Kane
a olhar de cima. Admito que este angle está a tornar-se interessante.
Muito mais que esperar para o próximo Raw. Mais de Jericho?
Desenvolvimento da storyline de Cena e Kane, agora com Ryder e Eve? E por favor…
MAIS FUNKASAURUS!
Notas:
- Mesmo com Kane insultando a audiência, torna-se difícil
para o Big Red Monster obter heat, com tanto respeito que já obteve e com esta
gimmick de volta.
- Edge tornou-se o Superstar mais jovem no Hall of Fame, com
38 anos, superando assim Sunny, que tem 39. Se contarmos a idade com que foram
induzidos, Edge empata com a Diva que também tinha os 38 anos quando induzida
em 2011.
- Tentem ver os combates de Brodus Clay no Superstars, de
seguida as promos para a sua estreia e depois então a estreia. Se não sorrirem,
não são humanos.
- Factores que possam apontar para a existência de um erro
no final do main event com Punk e Swagger: A reacção de Punk foi mais de
surpresa do que agrado por uma vitória. O WWE Champion parece ter-se
atrapalhado ao sentir algo de errado. Para além disso, a cara do árbitro também
não é de muita calma. A cara do árbitro pode denunciar o próprio como culpado.
O gesto de Punk ao quase puxar o braço de Swagger para baixo, parece apontar
Swagger como o culpado.
- Com os Four Horsemen, Ric Flair é induzido no Hall of Fame
por duas vezes. Volto a apontar o curioso que é, a atenção e prestígio dados a
um lutador que se encontra na companhia rival.
- Com o Chokeslam de Kane a Zack Ryder para o estrado, sendo
a uma altura de um muro, o corpo de Ryder parece “pinchar” ao atingir o solo e
a queda é silenciosa, possivelmente denunciando um colchão lá pronto para o
spot.
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