Tal como já fiz anteriormente com um PPV da TNA, após um
resumo dedico um novo artigo ao Royal Rumble, este com a sua devida apreciação
e classificação. Por acaso é sempre inteligente por parte da WWE começar o ano
com um dos PPV’s mais entusiasmantes de todos. Veremos como correu.
Daniel
Bryan vs Big Show vs Mark Henry, Steel Cage Triple Threat, World Heavyweight
Championship
A feud entre os dois gigantes estendeu-se até onde pôde,
chegando até a alargar um pouco as bordas. Se queriam voltar a colocá-los no
mesmo combate, pelo menos que o fizessem assim: com um dos melhores wrestlers
actualmente na companhia a trabalhar com eles e a ajudá-los a ficar mais bem
vistos. Uma coisa que tem de bom combates de jaula é que guardam sempre algo
bom para lá. O mesmo para Triple Threats, portanto seria difícil deixarem um
combate estragado. Bom combate, bom uso da jaula como arma, bons spots tensos e
o melhor final que poderia dali ter saído: D-Bryan como vencedor.
Avaliação:
8,1
Beth
Phoenix, Natalya, The Bella Twins vs Kelly Kelly, Eve, Alicia Fox, Tamina
De combates de Divas nunca se pode esperar grande coisa
ultimamente – mas agora parece que temos a Kharma de volta! – no entanto costumam
guardar algumas coisas para PPV. Ou melhor, o que deviam fazer todas as
semanas, fazem-no em PPV. Pelo menos uma coisa: deixaram-nas lutar à vontade.
Não foi propriamente aborrecido – eu por acaso nunca me aborreço a ver qualquer
uma delas, mas isso é outra história – e teve um tempo decente. E o final
obrigatório – Beth Phoenix a vencer – deu-se, logo menos mal.
Avaliação: 5,0
John Cena vs Kane
Há duas maneiras de ver este combate. Ou melhor, três.
Primeiro, se gostarem dum bom combate “back and forth”. Aqui não houve muito
isto. Segunda, se simplesmente quiserem ver John Cena a ser dominado e a levar
uma boa carga de lenha, têm aqui muito com que se entreter. A terceira
assemelha-se à anterior, se simplesmente gostarem de ver Kane a dominar. Apesar
de tudo, Cena teve os seus momentos: um Crossface e um 5-Knuckle Shuffle de
cima do canto que ele fez, para já, é o mais próximo que podemos ter de
variedade. O que pode dar mais pontos ao combate pode ser o que aconteceu
depois: a rixa de backstage e o ataque a Zack Ryder. Até porque já não víamos
um Tombstone há muito tempo. É óbvio que a rivalidade não fica por aqui e teve
um final aberto, mas parece estar pronta para dar uma boa volta final. E Cena
acabou estendido no chão, quem não gostará!
Avaliação: 7,7
Brodus Clay vs Drew McIntyre
Haveria mais alguma razão para este combate para além de
divertir a audiência com as danças de Brodus Clay? Dar mais uma derrota a Drew
McIntyre? O que seja, foi um squash em PPV, acaba por ser um combate inclassificável
em termos de wrestling. Terei que dar os pontos simplesmente baseados no
entretenimento. E Brodus Clay deve ser das personagens mais divertidas
ultimamente…
Avaliação:
4,5
CM Punk vs
Dolph Ziggler, WWE Championship
Lindíssimo. E menos não esperava sabendo que tinha ali os
dois melhores lutadores da companhia actualmente. Já sabia que o combate ia ser
uma fantástica amostra de wrestling e sabendo então que Laurinaitis não ia
estar dentro do ringue, melhor. Mais espaço para a excelente exibição de ambos.
Entre a técnica inegável de Punk, os sellings de Ziggler – ainda ninguém os faz
melhor que ele – a intensidade, os falsos finais, estava aqui um combate da
mais pura beleza. Para completar, tinha que vir um spot final de criar nervos e
outras variadas emoções no espectador com Laurinaitis a perder várias “falls”.
Era combate da noite à vontade se não fosse noite de Royal Rumble…
Avaliação: 9,3
30-Man Royal Rumble
Não há como evitar uma grande classificação a este combate.
Se há momento em que a equipa criativa da WWE nos consegue fazer saltar da
cadeira é no Royal Rumble. Seja da maneira mais “cheap” ao trazer lutadores
antigos, seja com regressos efectivos totalmente inesperados – ainda estou a
recuperar da entrada da Kharma – e até spots individuais de ficar na memória –
Kofi Kingston, o povo já se lembrou que o gajo afinal era bom para caramba!
Quanto ao vencedor… Muitos vêem nele o problema, porque esperavam Chris
Jericho. Ou seja, viram um combate a esperar um final e só sairiam satisfeitos
se fosse o final que esperavam. Ou seja, se fosse previsível é que era o
melhor. Não é muito lógico e esperemos então o build-up que dão a Sheamus.
Avaliação: 9,6
No geral, um Royal Rumble nunca me desilude e este deixou-me
bem aceso o tempo todo. Que a Wrestlemania e a sua respectiva estrada sejam tão
ou mais exaltantes como foi este Rumble e poderemos ter uma boa época de
wrestling agora na WWE.
Avaliação geral: 8,8
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