Depois de um resumo, é tempo de uma apreciação e avaliação
subjectiva propriamente dita do Genesis. A escala é a mesma que utilizo no meu
outro blog (de 0,0 a 9,9). Grande responsabilidade que este PPV carrega nos
ombros, ao ser o primeiro do ano…
Austin
Aries vs Kid Kash vs Jesse Sorensen vs Zema Ion, 4-Way Elimination, X Division
Championship
Combate da noite logo a abrir? Parece-me bem. A X Division
como já nos tem vindo a habituar, vem sempre a ter os melhores ou dos melhores
combates da noite. Se for one-on-one já o é, quando temos então quatro a
competir, mais acelerada e enérgica é a acção. Apesar de achar que em mais
nenhum momento da noite fossem igualar a qualidade deste combate, ainda houve outros
confrontos que conseguiram andar lá perto. Mesmo assim, não foi esquecível e
ainda se manteve no topo.
Avaliação: 8,4
Devon vs The Pope
Combate porreirinho, com direito a reconciliação familiar ao
fim. A storyline em si foi muito confusa, há muito tempo que estes dois andavam
envolvidos, passando por rivais, parceiros até que eventualmente as coisas ficaram
sérias. Confronto suficientemente razoável para aquecer. Podia ter aberto o
PPV, mas a equipa criativa quis começar logo de forma extrema.
Avaliação: 6,8
Gunner vs Rob Van Dam
Já o encontro que tinham tido anteriormente no Impact não
foi mau. A marcação deste rematch foi maioritariamente para filler e
possivelmente para mandar RVD para casa – de novo, questiona-se, irá RVD
regressar agora à WWE? O combate não foi nada muito além para se destacar, mas
manteve-se bom. Ponto extra para o desentendimento entre Ric Flair e Earl
Hebner que me fez rir bastante.
Avaliação:
6,9
Gail Kim vs
Mickie James, Knockouts Championship
Não foi o melhor dos encontros entre estas duas belíssimas
atletas. Possivelmente, o main event que tiveram num Impact de há duas semanas
ocupe essa posição – foi main event e isso já é de se aplaudir. Este, mesmo não
tendo sido nada mau, não foi tão enérgico e teve algumas falhas esporádicas.
Pecou mais ainda pelo spot duvidoso perto do fim e pelo final desagradável.
Avaliação:
5,8
Abyss vs
Bully Ray, Monster’s Ball
De novo, eleva-se a qualidade para o topo numa rixa Hardcore
à moda antiga da ECW, em vez da moda recente da CZW ou coisa que o valha. Não
foi muito bom, por ter tido sangue e por ter sido violento, foi pela capacidade
de ambos os wrestlers venderem o combate como um descarregar mútuo de ódio, por
impressionar a audiência com spots mais extremos, em vez de encher o combate
com tortura de princípio ao fim. Apesar de ter demorado a arrancar e ter um
início lento, facilmente apanhou o seu ritmo frenético. Ponto extra para Bully
Ray que ainda conseguia dar um tom de comédia à coisa.
Avaliação:
8,3
Crimson e
Matt Morgan vs Samoa Joe e Magnus, World Tag Team Championship
Um erro enorme colocar este combate a seguir ao Monster’s
Ball. Já não se esperava grande coisa, depois de um momento como o anterior,
ainda mais baixa fica a fasquia. Valeu Samoa Joe que ainda é um dos atletas de
topo da companhia, mas não podia carregar o combate sozinho. Magnus também tem
talento mas a sua falta de uso até então faz dele um lutador pouco familiar e
algo verde. Morgan e Crimson são simplesmente os tais Campeões indestrutíveis
que ninguém consegue derrotar, e que muitos também não têm paciência para os
ver. De longe, o combate mais fraco da noite.
Avaliação: 4,0
Kurt Angle vs James Storm
Excelente combate que tiveram no Final Resolution. Neste
Genesis seguiram a mesma essência. O combate desenrolou-se calmamente, mas
fê-lo muito bem. Nada a apontar contra a não ser o Moonsault de Angle que
parece ter saído um pouco deslocado. Facilmente perdoável. Em geral, não chegou
a alcançar a qualidade do combate do mês anterior e acabou com um final
duvidoso que deu origem a uma reacção céptica. Talvez a feud se prolongue um
pouco mais.
Avaliação: 7,7
Bobby Roode vs Jeff Hardy, World Heavyweight Championship
Pela maneira como se desenvolvia, já tinha todas as ferramentas
para se juntar ao combate da X Division e ao Monster’s Ball como combates da
noite. Mesmo com um final que não foi dos melhores, ainda se concretizou como
sendo um bom evento principal para encabeçar todo o evento. Dois lutadores com
todo o potencial para serem atletas de topo na companhia, e com uma rivalidade
convincente. Mesmo com os habituais momentos de covardia de Bobby Roode, não
foi totalmente retratado como um cagarolas e mostrou bastante dureza no
combate. Claro que ao final, não quiseram dar a ideia de que Roode conseguia
vencer Hardy de forma limpa, logo depois de um excelente combate temos que nos
contentar com um final por desqualificação. O que pode isto causar é um rematch
de alto calibre, especial e talvez até a subida de Jeff Hardy de volta ao
estatuto de World Champion. Fora o final, combate memorável e exaltante.
Avaliação: 8,4
No geral, um PPV com altos e baixos, como tem vindo a ser
qualquer PPV de ambas as companhias – cada vez mais difícil manter algo
fenomenal de princípio ao fim. Não se saiu nada mal, no entanto, como primeiro
PPV do ano e esperemos que introduza um ano positivo para a TNA e que não volte
a ganhar o prémio da Wrestling Observer Newsletter para Worst Promotion of the
Year após 4 ou 5 anos consecutivos.
Avaliação geral: 7,4
Sem comentários:
Enviar um comentário